4 de jul. de 2012

2) O que é Constelação Familiar?







     "A Constelação Familiar foi criada por Virgínia Satir, entre outros, e há alguns anos ganha relevo mundial pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.


    Segundo ele e sua prática, a constelação se fundamenta na atitude fenomenológica. Esta postura, que exige o desapego de intenções, dos medos e de teorias como mapa dos acontecimentos, nos coloca diante de uma questão pessoal, a ser tratada, e, ao nos deixar afetar pela realidade do dinamismo familiar  da pessoa e do contexto mais amplo da Grande Alma, a solução pode se apresentar.

       Atualmente, ele e Sophie Hellinger, sua esposa, aprofundaram a Constelação e a chamam de "Constelação Familiar Medial", e muitos insights sobre o conhecimento e aplicação desta "técnica" têm sido oferecidos em seus seminários pelo mundo.  Como eles mesmos disseram recentemente (maio de 2013) "o eternamento vivo que segue em frente é um movimento divino dentro do ser humano. Ao nos deixarmos sermos levados, novas portas e novos planos que se abrem nos deixaram vislumbrar o que significa "ser humano" em toda sua dimensão"

         Eles se referem também, neste sentido ao MEDIAL,  ou o "deixar ser guiado a partir do centro para o "Novo e Desconhecido"". Aqui tem mais detalhes sobre esta Nova Constelação: Seminários em Bad Reichenhall e A Nova Constelação Familiar.


       Resumidamente, o dinamismo fenomenológico da Constelação Familiar revelou que não somos uma alma separada da família e dos ancestrais, mas que pertencemos a uma alma familiar, onde todos têm o direito a este pertencimento, além de pertencermos à Grande Alma que inclui a todos. Quando uma pessoa é excluída do sistema familiar, como por exemplo, por morte prematura, abandono, preconceito, desconhecimento da existência, assassinato, guerras, adoção, acidentes fatais, abortos, negação etc., gera uma compensação nas futuras gerações criando um "buraco" na rede desta alma de grupo. Assim, um problema pessoal, seja ele de saúde, nos relacionamentos ou no curso da nossa vocação e trabalho,  pode estar relacionado com um ferimento na teia do sistema, por onde o amor flui. 

       O corpo, como uma das dimensões mantidas pela função unificadora da alma familiar, também é afetado por estas dinâmicas.

           Como o movimento de amor da Grande Alma não quer parar, mas se depara com a negação do pertencimento de uma ou várias pessoas, produz-se uma compensação "doentia" orientada pelo amor cego que quer restituir o direito ao pertencimento. Isto leva um descendente a assumir inconscientemente o mesmo destino do excluído, sofrendo sintomas físicos e/ou psíquicos recorrentes, fracassos repetidos e outros  desequilíbrios em várias esferas da vida.

         Com a postura fenomenológica das Constelações, de não interferir, mas se deixar afetar pelo movimento de amor do sistema (não pelo amor cego, mas pelo amor que vê e reconhece aquele/a que foi banido), pode-se começar um processo profundo de cura.

       Quando se vivencia a possibilidade de o próprio sistema familiar manifestar o caminho para que o amor volte a fluir, sem fazer compensações, tem-se a chance de incluir aqueles que nos dão força. Portanto, todos os que participam de uma dinâmica da Constelação familiar, como o constelado, o constelador, os participantes e os que observam, têm a chance de vivenciar esta fonte de amor, que não precisa perguntar pelo caminho" (Mônica Clemente).

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